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O que é?

    A “Quixó” era só uma brincadeira em 2010 na Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, em São Paulo capital, quando Luan Cardoso e seus amigos interessados por cinema, decidiram contar suas pequenas histórias e fazer curtas metragens com o que tivessem à disposição. Não demorou para conseguirem agregar mais pessoas e, mesmo sem grande pretensão, enviarem seus pequenos curtas para festivais. Uma dessas experiências ganhou o prémio Festival do Minuto em 2011. Com o dinheiro do prémio o grupo adquiriu seus primeiros equipamentos que permitiram novas experimentações e incentivou o amadurecimento do grupo, surgindo assim projetos mais ousados, como o documentário “Cine Belas Artes – Consolação, 2423” dirigido por Luan Cardoso em 2012.

    Mesmo realizado com os precários equipamentos e as economias do jovem estudante do segundo ano do ensino médio que vendia algodão doce aos fins de semana, o filme de 35 minutos teve boa recepção do público em pequenas exibições como a da PUC–SP (organizada pelo professor Edgar de Assis Carvalho e seu projeto interdisciplinar “Películas e Idéias”) e no CEU Jaçanã, ganhando a atenção dos movimentos de resistência da cultura e do património histórico, tornando o filme um dos documentos fundamentais na negociação instaurada em torno da reabertura do cinema entre 2013 e 2014, legitimando o papel do Cine Belas Artes como património cultural da cidade.

Veja nossa história até aqui:

    Ganhando seu primeiro edital em 2014 - Programa VAI da Prefeitura de SP -  para a produção de um curta metragem, o grupo pode não apenas realizar seu primeiro curta metragem com orçamento - “Identidades” -  como ter em mãos equipamentos melhores, aumentando a gama de possibilidades do grupo. Como contrapartida do projeto aprovado, Luan Cardoso em parceria com a ETEC das Artes - Zona Norte de SP, realizaram o embrião do curso de formação que fariam no ano seguinte apoiado pelo mesmo edital. De tal oficina realizada com alunos do curso técnico de Artes Dramáticas e amigos do coletivo, nasceu o projeto “Críticos Momentos”, média metragem colaborativo que reúne os experimentos realizados pelos 30 participantes de tal oficina. 

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    Contemplados novamente com o Programa VAI em 2015, o grupo realizou desta vez um projeto de ensino voltado para a direção cinematográfica, investigando a linguagem e seus esgarçamentos, falando sobre escolhas técnicas e estilísticas particulares de cada gênero e de cada diretor, trazendo um breve panorama do cinema mundial nos últimos 80 anos. Formando mais de 70 jovens de zonas periféricas da cidade, incentivando o despertar de cineastas independentes e produzindo 3 curtas metragens, exercícios colaborativos realizados com os alunos do projeto. O curso deu tão certo, que ganhou continuidade em parceria com o núcleo “Teatro da Rotina”, coordenado pelo ator Leonardo Medeiros, em 2016 e 2017. Em 2018 passou a integrar o programa de difusão cinematográfica do Museu da Imagem e do Som – MIS SP – através do programa “Pontos MIS” como curso regular, com aulas ministradas por Luan Cardoso, acontecendo em mais de 90 cidades do interior de São Paulo até a presente data.

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    A Partir de 2016, a agora produtora Quixó Produções seguiu com seus colaboradores mais frequentes a realizar projetos especiais para diversos artistas da cena musical de São Paulo, tendo realizado diversos clipes, mini documentários musicais, web séries, registros fotográficos de show e lives para nomes como Ná Ozetti, Juçara Marçal, Alessandra Leão, Mombojó, Lenine, Salomão Soares, Carol Panesi, Alaide Costa, Hermeto Pascoal, Vitor Araújo, Oswaldo Montenegro, Fafá de Belém, Manu Maltez, Toninho Ferragutti, Filipe Catto, Ayrton Montarroyos, César Lacerda, Maria Gadu, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci, Romulo Fróes, Metá Metá, Jards Macalé, Patrícia Coelho, Guilherme Held, Morris, Arthur Nogueira, Tom Zé, Siba Veloso, Clima, Nuno Ramos, Arthur Nogueira, Arthur de Faria, Mestrinho, Ava Rocha, Tika, Otto, Vicente Barreto, Maria Alcina, Angela Maria, Agnaldo Timóteo, Paulo Neto, Benjamim Taubkin, Rincon Sapiência, Ricardo Herz, Nelson Ayres e muitos outros.

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    Em 2017, a Quixó iniciou dois longas metragens: “Precárias e Resilientes”, documentário sobre a gritante precariedade que recai sobre mais da metade da população brasileira, que é feminina. As brasileiras, entretanto, antes de serem vítimas, são a própria imagem da resiliência. Este filme é uma homenagem à elas. O longa tem roteiro de Ana Souto e está em processo de finalização junto com o primeiro longa-metragem ficcional realizado por Luan Cardoso - “Ménage”, que coloca em foco os escândalos protagonizados por figuras públicas menores que estão fora dos grandes holofotes da mídia. O filme expõe o que há de pior em nós, nossa memória curta e nossa tolerância para o descabido. Ambos os filmes foram realizados inteiramente com recursos próprios e escambos. Atualmente, está nas última etapas de aperfeiçoamento de imagem e som, não tendo ainda data prevista para o lançamento.

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    Em 2018 junto com a banda pernambucana Mombojó, a Quixó realizou o projeto “Deságua”, um longa metragem de ficção dividido em 9 episódios (clipes), onde tanto a banda como a produtora, realizavam mensalmente uma nova música e um novo capítulo da história da família de Alexandre, que ao perder a esposa, vem do Nordeste com os dois filhos para a caótica cidade de São Paulo nos anos 2010. Nos nove lançamentos, os episódios tiveram no elenco Francisco Gaspar, Herberth Vital, Carol Vieira, Ana Souto - também roteirista - Haroldo Miklos, Barbara Bonnie e Lara Córdula. Nas músicas, as participações especiais foram de Lenine, Guilherme Arantes, Sofia Vaz e Hervé Salters da banda francesa General Elektriks. O disco completo “Trilha Sonora original do filme ‘Deságua’”, lançado no começo de 2020, acompanha o filme de 70min a ser executado junto das apresentações da banda ao vivo.
 

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